Vídeo expõe desova de peixes em MT; período da piracema dever ser ampliado
- JLNoticias
- 4 de fev. de 2021
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Um amplo estudo para estabelecer um período adequado, atualizado, com novas datas para a piracema nos rios de Mato Grosso. Esta é a proposta que o deputado estadual Faissal Calil (PV) deve apresentar para entidades e ao Governo do Estado nos próximos dias.
O período de defeso onde a pesca é proibida nos rios mato-grossenses, que havia começado em 1º de outubro, terminou em 31 de janeiro. Faissal recebeu inúmeros vídeos de pescadores após o final da piracema, mostrando que vários peixes ainda estavam com ovas e não tinham completado o ciclo de reprodução.
Durante o mês de janeiro, o deputado já havia alertado sobre o tema, mas entende que o procedimento não deve ser de apenas um simples adiamento do período, que geraria prejuízos a diversos setores, mas em uma nova definição de datas para o defeso. “Fiz um vídeo há aproximadamente 20 dias, onde falei sobre o prolongamento da piracema, onde fui bastante criticado. Desde a abertura da pesca, estou recebendo diversos vídeos de pescadores, mostrando que vários peixes não conseguiram completar a desova. Não posso ser conivente e vou fazer a minha parte, provocando os órgãos competentes. Com a natureza não se brinca”, afirmou.
Segundo especialistas consultados pelo parlamentar, os longos períodos de estiagem vividos no estado nos últimos anos impactam diretamente na desova dos alevinos. De acordo com o parlamentar, um novo estudo traria impactos positivos para toda a cadeia do setor da pesca em Mato Grosso. Com isso, segundo o deputado, evitaria-se a prorrogação do período de piracema, apenas adaptando os meses de defeso a um novo cronograma, permitindo assim que os peixes consigam completar o ciclo de reprodução de forma adequada.
“Tivemos vários períodos de seca intensa nesta década que passou e percebemos que, por conta disso, milhares de peixes não conseguiam completar o ciclo de desova, mesmo com o fim da piracema. Precisamos que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, juntamente com outros órgãos, como o ICM-Bio, façam um amplo estudo técnico sobre este tema, propondo soluções, como até mesmo a mudança no período de defeso”, apontou Faissal.
Direto da redação do JL Notícias
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