Começou dia 01 de Novembro e termina no dia 30, a etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, no Estado. Nesta etapa deverão ser vacinados bovinos e bubalinos com até 2 anos. A exceção fica apenas para as propriedades localizadas no baixo pantanal mato-grossense, onde é obrigatória a imunização de todos os bovinos e bubalinos, de mamando a caducando, até 15 de dezembro.
Em entrevista ao JL Notícias o Médico Veterinário Luiz Gustavo do (Indea) Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso, falou sobre a vacinação da febre aftosa em Paranatinga e sobre as ocorrências que pode chegar se caso o produtor não vacinar seus animais, falou também sobre a brucelose e sua vacinação em Paranatinga.
Já o empresário e Médico Veterinário Jean Salazar falou com o JL Notícias sobre a história da febre aftosa no Brasil e em Mato Grosso e as suas importâncias para a imunização do rebanho e sobre os impactos econômicos que podem ser causados pela não imunização dos animais.
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Luiz Gustavo ainda alerta sobre as comunicações ao INDEA após a vacinação do rebanho, "se tiver tudo dentro da normalidade essa comunicação vai ser feita e o produtor será comunicado"; disse.
"O quanto antes o produtor estiver se preparando e realizando a vacinação e a comunicação evitando aglomerações na base do Indea em Paranatinga"; concluiu.
Luiz Gustavo ainda convida todos os produtores e população interessada para participarem de uma palestra no Sindicato Rural de Paranatinga com Alexandre Pontes represenante do Ministerio da Agricultura nos dias 16 e 17 de Novembro.
O produtor pode aproveitar o manejo do rebanho e estar ainda vacinando o rebanho com outras vacinas como a de carbúnculo, raiva, aplicando o vermífugo e também a vacinação da brucelose.
A febre aftosa atinge bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos e traz prejuízos e restrições na comercialização de produtos pecuários. É uma doença que exige esforços constantes dos produtores rurais e das autoridades sanitárias para evitar a sua reintrodução no país.
Jean Salazar contou ainda que a pecuária no Brasil passa por suas dificuldades;
"A pecuária no Brasil está passando uma dificuldade muito grande por conta de uma doença chamada Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) - Doença da "Vaca Louca"; disse.
"O Brasil hoje não está conseguindo exportar carne, devido a este diagnostico desta patologia no estado de Minas Gerais"; concluiu.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso afirmou que, além de vacinar o rebanho, o produtor rural deve fazer a comunicação ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso. A declaração de vacinação deve ser feita de forma on-line ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual até o dia 10 de dezembro.
Na região noroeste, uma pequena parte de Mato Grosso recebeu o reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação (Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína). Nas áreas livres os produtores estão proibidos de vacinar e são obrigados a fazer a comunicação do rebanho na unidade local do Indea. O restante do Estado deve continuar vacinando até que receba o reconhecimento internacional.
Segundo o analista de pecuária Famato, Marcos de Carvalho, a meta é que o estado seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2023, sendo realizada a última vacinação em novembro do próximo ano.
O analista reforçou que Mato Grosso está trabalhando para o cumprimento de todas as ações e metas recomendadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “O objetivo é retirar a vacinação até 2023, principalmente porque Mato Grosso está há 25 anos sem registro de focos, mas, enquanto isso não ocorre, o produtor deve fazer a sua parte e o rebanho deve ser vacinado”, reforçou.
Imagens e Edição Alan Almeida
Reportagem
Alan Almeida
Direto da redação do JL Notícias