Carro de médica que atropelou e matou feirante em Cuiabá estava a 101 km/h, diz novo laudo
- JLNoticias
- 9 de fev. de 2021
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Um novo laudo apontou que o carro da médica dermatologista Letícia Bortolini, de 38 anos, que atropelou e matou o vendedor ambulante Francisco Lúcio Maia, de 48 anos, em abril de 2018, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, estava a 101 km/h no momento em que atropelou a vítima. A velocidade máxima no local é de 60 km/h.
Os novos documentos foram feitos após determinação da Justiça em 2020, que pediu novas medições no local do acidente e que os peritos refizessem o trabalho de investigação. Laudos anteriores tiveram dados diferentes a respeito da velocidade exata do veículo da médica: 103 km/h, 95 km/h e 30 km/h. O último foi contestado pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), que investigou o caso à época. A gravação não tem imagens nítidas, mas é possível ver o carro da médica, um Jeep Compass de cor branca, atingindo o vendedor ambulante. O automóvel da médica aparece na imagem da esquerda para a direita, aos quatro segundos do vídeo.
Francisco é arremessado e o corpo atinge uma árvore, quase no centro do vídeo. Letícia não freou o veículo e não prestou socorro ao pedestre. A Polícia Militar, ao detê-la, disse que ela tinha sinais de embriaguez.

Letícia foi presa em flagrante no mesmo dia com sinais de embriaguez, segundo a polícia. Ela passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva. O inquérito instaurado pela Deletran foi concluído em agosto de 2018 com indiciamento da médica pelos crimes de homicídio doloso, omissão de socorro, fuga de local de acidente e embriaguez ao volante.
O acidente

Francisco Lúcio Maia, de 48 anos, foi atropelado pelo carro dirigido pela médica em Cuiabá, em 14 de abril de 2018. O veículo da médica seguia pela Avenida Miguel Sutil, sentido bairro/Centro. Ela fugiu do local, uma testemunha viu a cena e seguiu o carro da médica, que entrou num condomínio no Bairro Jardim Itália, em Cuiabá. Francisco foi atingido pelo veículo no momento que terminava de atravessar a via e morreu no local.
A médica ainda responde um processo no Conselho de Ética do Conselho Regional de Medicina (CRM).
Direto da redação do JL Notícias
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