Atletas de esportes equestres protestam contra a proibição de provas de laço em Mato Grosso
- Almeida
- 18 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Cerca de 300 cavalheiros montados percorreram 10 quilômetros na manhã desta terça-feira (18), em Cuiabá, para protestar contra a proibição de provas de laço em Mato Grosso.

A comitiva de cavaleiros partiu do Haras Twin Brothers e seguiu até a Assembleia Legislativa, no Centro Político Administrativo. Os manifestantes foram recebidos por deputados estaduais, que sinalizaram que vão trabalhar na criação de uma lei que assegure a prática esportiva em Mato Grosso.
A manifestação é uma resposta à proibição da prova de laço resultante de uma liminar obtida na Justiça pelo Ministério Público Estadual, no final do mês de maio. Na ação, o MP argumenta que as provas realizadas nas modalidades que utilizam laços causam maus-tratos aos animais.
Os manifestantes saíram às 8h da manhã do Haras Twin Brothers e percorreram cerca de 10 quilômetros até a Assembleia Legislativa, passando em frente ao Ministério Público Estadual. O organizador cita que eles já têm o apoio de diversos parlamentares estaduais, e que a intenção é de levar a discussão também ao Congresso Nacional, onde já têm o apoio do deputado federal Eduardo Bolsonaro.
André Turone, criador de cavalo pantaneiro, também está presente na manifestação, e afirma que, atualmente, os cavalos só sobrevivem porque ainda são úteis para os esportes equestres. “O evento esportivo equestre é o que vai manter, viabilizar, a existência do cavalo.
A ausência dos esportes vai fazer os cavalos desaparecerem, porque eles não tem mais utilidade. É preciso que a sociedade entenda que os cavalos tiveram várias etapas de importância na vida da organização mundial. Eles já foram meios de transporte, implemento agrícola puxando arado, equipamento de guerra, mas tudo isso já foi substituído por equipamentos modernos.
E o que sobra? Participar de uma cavalgada, de um evento esportivo. E essa união homem-cavalo, ao longo da história da humanidade, sempre foi muito importante. Ela é um elo de contato entre os humanoides e o mundo que a gente chama de animal, mas que no cavalo e no cão encontra sua maior expressão de relacionamento em todo o planeta”, disse.
O empresário cria em torno de 130 cavalos na cidade de Poconé. Segundo ele, outra consequência desta proibição é o impacto nos empregos. “Só no meu caso, tenho três pessoas diretamente ligadas na fazenda só para cuidado de cavalo. E tem mais um veterinário e todo o mundo das rações, da medicina.
Somos pioneiros na transferência de embrião, então temos a equipe que cuida disso. Preparamos animais para prova, e precisamos de uma equipe de treinadores... então olha, só no meu caso, quantas pessoas envolvidas. É um sem número de empregos, de pessoas que amam os cavalos antes de mais nada”.
Para Turone, o ideal seria que fossem estabelecidas regras para os esportes, e não sua proibição. “Falam tanto de maus tratos ao gado... É simples: estabeleçam regras baseados em observações medicinais, peguem num cenário de um rodeio com X animais, vejam as consequências, e criem regras que a gente aceita.
O que não pode é suspender provas por critérios não fundamentados na ciência, e apenas por emoções de quem está querendo aparecer em cima de uma atividade que é muito séria”, disse.
VÍDEO E FOTOS: Olhar Direto
JL Notícias
O seu portal de informações
Curta nossa página no facebook
"Os cavalos só existem em função dessa prática esportiva" argumenta um dos manifestantes. Ainda diz que o cavalo não serve pra mais nada! Meu amigo, você quer respeito a vida alheia ou ela só merece respeito se lhe trouxer dinheiro e diversão? O cavalo está presente em muitas tarefas dígnas que salvam vidas! - Eis algumas: na polícia, no exército, corpos de bombeiros entre outras.
Em minha opinião a liminar está corretíssima. Os animais merecem respeito. TANTO O CAVALO QUANTO AQUELE QUE SERÁ LAÇADO E MACHUCADO COM SUA QUEDA BRUTA E VIOLENTA.
Deputado que lutar por isso, diante de tantas outras demandas justas e urgentes, não só perderá meu voto como farei campanha CONTRA