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'Os postos não têm margem mais', diz diretor do Sindipetroleo após novo aumento no combustível



Com o novo reajuste nos preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras, feito pela Petrobras, o preço médio de venda da gasolina em Mato Grosso terá um reajuste médio de R$ 0,21 por litro, uma alta de 7,04%.


Os novos valores passam a vigorar a partir desta terça-feira (26). O preço da gasolina passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro na venda para as distribuidoras. É o segundo reajuste no preço do combustível este mês. No último dia 9, a gasolina já havia subido 7,2%.

Já o litro do diesel a passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro, uma alta de 9,15%. A última alta do combustível havia sido em 28 de setembro, de 8,89%. Mas nos postos o valor é maior. O preço médio da gasolina ficou em R$ 6,36 o litro na semana passada, com o valor máximo chegando a R$ 7,46, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O óleo diesel, por sua vez, registrou preço médio de R$ 5,04 e máximo de R$ 6,42 o litro. O diretor executivo do Sindicato dos Postos de Combustíveis, Nelson Soares, afirma que os estabelecimentos esperam que as distribuidoras não repassem o valor na totalidade, "Os postos não têm margem mais para segurar qualquer tipo de aumento. Além disso, o óleo diesel sofre uma pressão a partir do dia 1º, porque o governo estadual atualizou o IPM e o IPF desse produto, que vai ficar encarecido em mais R$ 0,04. Não sabemos se isso vai chegar ao consumidor ou não", afirma. Nelson também explica que como o Hemisfério Norte está entrando no inverno, o consumo do combustível deve aumentar, fazendo com que o preço do petróleo continue subindo. "Alguns analistas já falam em U$ 100 no final do ano e isso certamente trará impacto no preço do Brasil", diz. Troca por GNV Os motoristas de aplicativo desistiram de acompanhar os sucessivos aumentos dos combustíveis anunciados pela Petrobrás e buscam no Gás Natural Veicular (GNV) alternativa para manter os lucros. O presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos de Cuiabá, Cleber Cardoso, disse que os motoristas já desistiram de acompanhar os valores do etanol e da gasolina. “No caso do combustível nós não podemos fazer mais nada, Mas, no GNV sim! Estamos de olho no governo”, disse o presidente. Ex-motorista de aplicativo, Espedito Silva, conta que o principal motivo de deixar as plataformas foi a alta no preço dos combustíveis. Segundo ele, não compensa continuar rodando. “Na verdade, nós estávamos pagando para trabalhar. Tem manutenção no carro, as taxas são péssimas e o combustível nas alturas. Você acaba pagando para trabalhar”, disse.

Quem também deixou as plataformas foi o motorista Sérgio Ricardo da Costa, que deixou os aplicativos por conta da alta nos preços e a depreciação do veículo. “Só está compensando continuar rodando quem trabalha com o GNV. Mesmo assim, está difícil. Eu estava ganhando muito pouco, não compensava e ainda estava acabando com meu carro”, contou.

No final de setembro, o governo de Mato Grosso anunciou redução no valor do ICMS da gasolina e do diesel. O diesel sairia da alíquota de 17% para 16%, já a gasolina, de 25% para 23%. No entanto, logo em seguida a Petrobrás anunciou aumento no valor dos combustíveis, neutralizando, dessa forma, o valor da redução no percentual do ICMS cobrado pelos produtos.


Direto da redação do JL Notícias

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