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Bolsonaro anuncia ida de ministro a Israel para projeto de água no Nordeste.

  • Foto do escritor: Almeida
    Almeida
  • 15 de jan. de 2019
  • 1 min de leitura

No ano passado, o projeto de dessalinizador solar feito na Paraíba venceu premiação como a melhor tecnologia social para segurança hídrica no semiárido. Sem conhecer o que já é feito no país, Bolsonaro marcou viagem para o astronauta Marcos Pontes, novo ministro de Ciência e Tecnologia, para trazer para o Brasil o sistema de dessalinização de Israel. Tudo bem pesquisar, mas vamos conhecer antes o que já é feito no país? Olha que barato! Temos um método de dessalinização de água salobra de baixo custo, que usa energia solar, que gera menos resíduos e que pode ser feito de maneira descentralizada, ou seja, cada comunidade faz o seu dessalinizador. Já são mais de três décadas de pesquisas e prática que resultam hoje em um modelo brasileiro que pode ser replicado facilmente, com baixíssimo custo. Além disso, o Brasil já tem programas com a tecnologia de osmose reversa (como usado no modelo israelense), mas em pequenas usinas que atendem a demanda de alguns municípios que participam do Polígono das Secas. Se já temos a solução, por que ainda temos seca? "A questão é a falta de investimento nessas tecnologias e capacitação das pessoas para conviverem com a realidade em que vivem, gerando renda e desenvolvimento", comenta o engenheiro ambiental Anderson Medeiros. Que viagem, pessoal! Antes de encontrar água da Lua ou importar tecnologias complexas, caras e altamente poluentes, vamos como bons patriotas valorizar nossas pesquisas e dar umas voltinhas no próprio país.

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